“O caráter do homem é o seu destino”. Heráclito.
Houve um tempo em que os homens acreditavam na palavra e prática do caráter. O destino de cada um poderia ser traçado pela força com a qual cada indivíduo a aplicava nos afazeres cotidianos, nas práticas rotineiras, na história de vida.
Os anos se passaram e este mesmo homem foi descobrindo (desvelando) o progresso, se enganando com ele e dele se envaidecendo, embevecendo e o possuindo.
Estes seres foram desaprendendo os gostos do belo, da virtude, da retórica e da própria educação. Eles conheceram o amargo doce estéril da mentira, da corrupção e do engano.
Sonho?
Talvez.
O homem sempre teve seu lado dual. Nunca foi ausente dos erros e muito menos sempre recheado com os acertos. Este humano sempre guerreou, matou, usurpou, mas nos planos ideal, artístico e poético, ele conseguiu, durante a Grécia Heróica, de Homero, no Século de Péricles, dentre outros tantos circundantes a Sócrates, Platão e Aristóteles, manterem-se fidedignos a uma utopia engrandecedora. E sempre procuravam as respostas. Acreditavam, questionavam. E fiavam a tapeçaria das Três Parcas com a veracidade da duvidosa cicuta, escrita na filosofia oral de Sócrates, no Mito das Cavernas e no platonismo duns dois mil anos antes de qualquer vestígio da imundice moderna. E da explosão de brilhantismo do século XX.
Nesse vai e vem passado-presente, fica a noção de que, em discordância despretensiosa em relação às palavras dum sábio, que não era chinês, Heráclito, quando afirma com veemência histórica acerca do caráter do homem e do seu destino.
Tanto na política, quanto numa conversa de bar é notável e corrente a des-virtude por segundo. Os homens não entendem mais a noção da retórica, mas a replicação da tela ao quadrado espetacular. O bem da arte não é o bem do povo. A minoria é escassa. E os governantes, as maiores caricaturas sem caráter, de quem já se teve notícias gregas, romanas ou brasileiras.
Heráclito, me desculpe, mas neste dia do presente agosto não consigo entender como um homem carrega no destino, o seu caráter. Os escrúpulos, se é que já existiram, foram perdidos a muito tempo, junto à grande maioria das peças de Sófocles ou das milhares de estatuetas do Partenon. Sem guia e sem crença este homem continua caminhando. E se agarra à primeira coisa que lhe pareça conforto (mediado) imediato. E, com certeza, caráter, virtude (Arete), beleza e destino não fazem parte do bolão do dízimo ou da velha e inalcançável salvação.
Os anos se passaram e este mesmo homem foi descobrindo (desvelando) o progresso, se enganando com ele e dele se envaidecendo, embevecendo e o possuindo.
Estes seres foram desaprendendo os gostos do belo, da virtude, da retórica e da própria educação. Eles conheceram o amargo doce estéril da mentira, da corrupção e do engano.
Sonho?
Talvez.
O homem sempre teve seu lado dual. Nunca foi ausente dos erros e muito menos sempre recheado com os acertos. Este humano sempre guerreou, matou, usurpou, mas nos planos ideal, artístico e poético, ele conseguiu, durante a Grécia Heróica, de Homero, no Século de Péricles, dentre outros tantos circundantes a Sócrates, Platão e Aristóteles, manterem-se fidedignos a uma utopia engrandecedora. E sempre procuravam as respostas. Acreditavam, questionavam. E fiavam a tapeçaria das Três Parcas com a veracidade da duvidosa cicuta, escrita na filosofia oral de Sócrates, no Mito das Cavernas e no platonismo duns dois mil anos antes de qualquer vestígio da imundice moderna. E da explosão de brilhantismo do século XX.
Nesse vai e vem passado-presente, fica a noção de que, em discordância despretensiosa em relação às palavras dum sábio, que não era chinês, Heráclito, quando afirma com veemência histórica acerca do caráter do homem e do seu destino.
Tanto na política, quanto numa conversa de bar é notável e corrente a des-virtude por segundo. Os homens não entendem mais a noção da retórica, mas a replicação da tela ao quadrado espetacular. O bem da arte não é o bem do povo. A minoria é escassa. E os governantes, as maiores caricaturas sem caráter, de quem já se teve notícias gregas, romanas ou brasileiras.
Heráclito, me desculpe, mas neste dia do presente agosto não consigo entender como um homem carrega no destino, o seu caráter. Os escrúpulos, se é que já existiram, foram perdidos a muito tempo, junto à grande maioria das peças de Sófocles ou das milhares de estatuetas do Partenon. Sem guia e sem crença este homem continua caminhando. E se agarra à primeira coisa que lhe pareça conforto (mediado) imediato. E, com certeza, caráter, virtude (Arete), beleza e destino não fazem parte do bolão do dízimo ou da velha e inalcançável salvação.
Por Emilly Dias
Foto 1: Copyleft?
Foto 2: Emilly Dias
Marcadores: as três parcas, destino, ética, Fídias, fotografia, Heráclito, mitologia, Péricles, Platão, verdade