domingo, abril 30, 2006

Vogue Underground


Anatomia e forma exploradas em preto, branco e cinza. Nestas três tonalidades revive
a sensualidade feminina duma maneira não muito óbvia, sugestiva ou explícita. Ao rememorar Horst e Hoyningen-Huene¹,
penetramos incipientemente as capas quase inalcançáveis da Vogue.
Sorrir, ruborizar, inventar. Em cada pose existe uma dose de doação. E, em cada doação, toda dedicação possível, quase unânime, mesmo que não recomendável.
Assim cresceu a nossa adoração pelo tripé foto – fotografia – fotografado, não esquecendo de mencionar a, também tríplice, aliança de suporte da produção: intimidade, entrega e criatividade.
Nestas poucas linhas existe um resumo sobre a metalinguagem fotográfica, por nós experienciada.
Vogue: uma dica.
Paixão, imanência e devaneio concreto, resultando em imagens e expressões comunicadas num papel: a descoberta.
¹ Horst Paul Bohrmann, ao mudar-se para os EUA, aderiu o nome artístico de Horst P. Horst para evitar que o confundissem com no nazista Martin Bormann. Fotógrafo talentoso, foi financiado pelo mecena barão de Vogue, Hoyningen-Huene, também fotógrafo e dono da revista com mesmo nome.

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