segunda-feira, março 06, 2006

Lágrimas escondidas por algo que não é um sorriso.

Hoje (depois de uma noite e da lembrança dum quadro):
Gostei de ouvir aquilo, na porta, no adeus, nos instantes finais.
Gostei de ouvir a sua voz lacônica, do outro lado, por outro lado.
Gostei de vê-lo sem aquela calma [perdida nas palavras, gestos e sofridas respostas ríspidas].
Gostei de ver o tempo passar e gostei também do fato de tê-lo esquecido, desprezado.
Pedi gentilmente que ele fosse aos braços daquela que o pariu.
E esta mãe teve um parto difícil.
Em 1931, Dalí pinta e representa a 'Persistência da memória', mas eu farei com que a persistência morra com o sono e o raiar de um novo dia.
Eu não sei dos porquês que permeiam minha e nossas vidas e convencer-me-ei em não realizar mais a sua procura, pelo menos por enquanto.
E, assim, terei paz. [?]
Buscarei meus silêncios e uma coisa minha.
Foi bom ligar, desligar, engolir e sorrir.
Melhor ainda foi superar.
Parar com o fluxo Tropicalista, mas ainda sim, sei que valeu a pena.
Tudo.

The persistence of the Memory, Salvador Dalí


Para um alguém que se interessa pelo presente.
Meu presente é este.
Estar com você é... não sei quem dirá o que é, como é e porque é, mas é alguma coisa.

20/03/06

2 Comentários:

Anonymous Anônimo disse...

perder contato só por que resolveste preservar suas horas livres e sair do orkut?
nao, claro que nao.
vai fazer o que sabado?

(já te disse que adoro o blog, e adoro o que escreve?)

beijo.

4:53 PM  
Anonymous Anônimo disse...

Morangos mofados [pra sempre?].
(...)
Boa linhagem de escrita. Lamentável ,a temática.

Aplausos,
Beijos.

p.s:Tudo tem que valer a pena. Nem tudo tem que fazer sentido.
Obrigada por estar indo tão bem.

5:09 PM  

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