segunda-feira, março 06, 2006

Lágrimas escondidas por algo que não é um sorriso.

Hoje (depois de uma noite e da lembrança dum quadro):
Gostei de ouvir aquilo, na porta, no adeus, nos instantes finais.
Gostei de ouvir a sua voz lacônica, do outro lado, por outro lado.
Gostei de vê-lo sem aquela calma [perdida nas palavras, gestos e sofridas respostas ríspidas].
Gostei de ver o tempo passar e gostei também do fato de tê-lo esquecido, desprezado.
Pedi gentilmente que ele fosse aos braços daquela que o pariu.
E esta mãe teve um parto difícil.
Em 1931, Dalí pinta e representa a 'Persistência da memória', mas eu farei com que a persistência morra com o sono e o raiar de um novo dia.
Eu não sei dos porquês que permeiam minha e nossas vidas e convencer-me-ei em não realizar mais a sua procura, pelo menos por enquanto.
E, assim, terei paz. [?]
Buscarei meus silêncios e uma coisa minha.
Foi bom ligar, desligar, engolir e sorrir.
Melhor ainda foi superar.
Parar com o fluxo Tropicalista, mas ainda sim, sei que valeu a pena.
Tudo.

The persistence of the Memory, Salvador Dalí


Para um alguém que se interessa pelo presente.
Meu presente é este.
Estar com você é... não sei quem dirá o que é, como é e porque é, mas é alguma coisa.

20/03/06

domingo, março 05, 2006

A V.T.

Fiquei tão feliz em descobrir a Velhinha do Taubaté. Não sou política, não sei fazer e nem sei o que é a tal política. Em meios à fusão dos gametas dos meus pais, processo responsável pela minha gestão, Veríssimo criava uma caricatura que representava perfeitamente um quadro preocupante no Brasil: a mídia imiscuída à realidade política. A partir da Wikipédia, do Portal Liberal e do site http://www.unb.br/ceam/nemp/velhinha.htm, pude tomar conhecimento básico a cerca dessa Velhinha (VT) , vulga T.V.

A Velhinha de Taubaté

Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.


A Velhinha de Taubaté é um personagem de humor brasileiro criado pelo escritor e cronista Luis Fernando Verissimo, durante o governo do general João Baptista Figueiredo (1979-1985).
Famosa por ser "a última pessoa no Brasil que ainda acreditava no governo", como definido pelo próprio autor, Verissimo contava que, na Câmara dos Deputados e no Senado Federal, sempre se pensava antecipadamente em como a velhinha iria responder.
Uma possibilidade para a cidade da personagem ser a de Taubaté é para formar a sigla VT (TV ao contrário).
Em 25 de Agosto de 2005, a velhinha teve o seu falecimento anunciado pelo seu criador, na crônica intitulada Velhinha de Taubaté (1915-2005). Ela teria morrido em frente à TV, decepcionada com o quadro político brasileiro, em especial com o seu ídolo, Antonio Palocci: Ela morreu na frente da televisão, talvez com o choque de alguma notícia. Mas a polícia mandou os restos do chá que a Velhinha estava tomando com bolinhos de polvilho para exame de laboratório. Pode ter sido suicídio.

Mais:

“Morreu no último dia 19, aos 90 anos de idade, de causa ignorada, a paulista conhecida como `a Velhinha de Taubaté´, que se tornou uma celebridade nacional há alguns anos por ser a última pessoa no Brasil que ainda acreditava no governo.” O anúncio foi feito pelo cronista Luís Fernando Veríssimo no jornal O Estado de S. Paulo, em agosto. Houve repercussão nacional. Veríssimo falou durante um seminário em Passo Fundo (RS), jornalistas de todo o Brasil rebateram o assunto em artigos e reportagens. Mas quem era, de verdade, a Velhinha de Taubaté? Ela existiu ou não? Por que esta personagem se tornou um ícone na política brasileira a ponto de alguns testemunharem sua existência real? Na crônica que leva como subtítulo a pergunta: “Terá sido queima de arquivo?”, Veríssimo não dá nome à velhinha – só diz que ela tinha 90 anos quando morreu, de repente, defronte ao aparelho de TV. A personagem da ficção teria vindo a público pela primeira vez durante o ciclo militar, no governo Figueiredo, para sintetizar a confiança cega e a crença ingênua nas autoridades. “A Velhinha sempre acompanhou a política e acreditou em todos os governos desde o de Getúlio Vargas, inclusive em todos os colaboradores dos governos militares, `até´, como costumavam dizer muitos na época, com espanto, `no Delfim Netto´!", contou Veríssimo, antes de decretar a sua morte, “por circunstâncias ainda não esclarecidas”. Confiava em Lula desde o início, assim como acreditava na sobrinha Suzette, personagem incorporada à história a partir de fatos recentes: Suzette gerenciava um serviço de acompanhantes a políticos, embora a tia jurasse de pé junto que dava assistência ao terceiro setor."

Matéria retirada do site: http://www.unb.br/ceam/nemp/velhinha.htm

Ilustração retirada do site: http://mangabastudios.blog.uol.com.br/