Vale tudo sangrento
Em um mundo, (pré-pós) moderno e atemporal, no qual há predominância da falha de caráter, falta de opiniões e mobilizações, além de se constatar que e a impunidade reina no misterioso andar do comportamento humano, há a insaciável pergunta: o que não vale a pena?A minha visão conturbada pelo romantismo jura que a essência da verdade deve enveredar por todos os percursos e atitudes dos seres que pretendem algo de nobre se não com terceiros, consigo (principalmente). A maior insensatez mundana é acreditar no jeitinho que se dá pra tudo acontecer, é ver os olhos mirarem com aplausos a lambança produzida, num ato de auto flagelo ignorante, asqueroso e impotente. Como arrancar, de modo triunfante, os únicos centavos miseráveis daqueles cuja esperança do amanhã impera no último prato de comida?. Ou, como sugar alucinantemente milhões diários dos cancerosos, aleijados, viciados e incoerentes? A resposta se torna fácil quando se analisa os livros secundários de história e quando se lê a coleção de “Business, Imundices e Administração do Globo de interesses fedidos e hodiernos”. Pensando neste âmbito, qualquer coisa é necessária e válida para se pagar o aluguel exorbitante das ilhas Malvinas. Planejamentos antecipados são produzidos visando apenas esta finalidade. Homens juntos: cuidado. Muito dinheiro está sendo captado neste projeto corrosivo da cobiça. Os outros, excluídos das decisões, apóiam cada atitude prejudicial, acolhem toda voluptuosa roubalhança e acordam com tudo em troca do trocado. Porquê? Como e com qual finalidade esse vale-tudo sangrento perpetua parindo seus indigentes e marginais? Um pouco de sonho será possível, ou melhor será a intermitente confusão proposital da ética e virtù socratianas? Sorrir da história se torna uma realidade cansativa de ficar repetindo a existência. Nem Maquiavel – o pseudo tutor (muito longe da pretensão dele receber este título, mas os interessados assim o quiseram postular) dos verdadeiros mesquinhos mundiais, esses tiranos doentes, que conseguem realizar as piores e mais bem sucedidas estratégias em nome do bolso, vontade e vaidade próprios – conseguiu se esquivar da constatação sobre atos passados e sobre o fiasco da argila de Deus. E, desta obra divina poucas edições vingaram. Todas as restantes se preocupam apenas com os pecados, delícias carnais e ganâncias cotidianas, num lugar do mundo que os principais interesses circundam no eu e na tela, na tela e no eu.
Por Emilly Dias
Marcadores: caráter, Deus, ética, filosofia, Maquiavel, Persona, Sócrates, Virtù
3 Comentários:
Olá!
Estava vagando por aqui a procura de bons textos sobre cinema e acabei encontrando Filosofia! Bueno!!
Você está produzindo um curta? que lega!
Abraços
Iris
p.s.: blog novo
http://www.bebabsinto.blogspot.com/
O ser humano sempre foi escroto e sempre será. Em relação aos gregos eu também acho tudo muito bonitinho, mas se lembre que toda a honra e virtude e "valores" só se aplicavam entre os cidadãos, e o conceito cidadão não se aplicava a mulheres, jovens, estrangeiros e escravos.
No mais, tudo sempre decai
emily,
não só apoio o o direito de te o "direito de reclamar dessa merda de sociedade, moldes, sujeiras vigentes desde que o homem é homem." como concordo
bjus
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