Avalanche de comunicações
19 de novembro foi o dia crucial do Festival Internacional de Televisão, na sua etapa em Salvador. Trazendo um Power Point recheado de informações visuais, além de conteúdos que visavam o esclarecimento sobre a TV digital, Luis Olivalves debateu, informalmente sobre este tema que levantou muitas dúvidas, medos e, principalmente, controvérsias.
Na abertura de sua fala, ele ressaltou três vieses fundamentais para o conceito deste novo media: mercado, interatividade e mudanças na forma de comunicar. Apontando as diversas seções que compõem a Band – como as TVs abertas e fechadas, as estações de rádio e os outros meios, como celular, portal, TV minuto, entre outros – o palestrante alertou os ouvintes para a perspectiva da nova visão de consumidor, que está cada vez mais participativo e multimídia, requerendo, assim, mudanças estruturais no fazer televisivo em todos os seus âmbitos de produção.
Diagnosticada as mudanças de consumo e comportamento, Olivalves observa que o trunfo da TV digital está exatamente na mobilidade e portabilidade, uma vez que as possibilidades de acesso ampliaram vertiginosamente com auxílio do WI FI, de celulares, Laptops, Palmtops. Além disso, a High Definition Television (HDTV) trará uma nova forma de sensibilização deste consumidor mais exigente. As emissoras terão de apostar em novos mecanismos de construção de cenário, maquiagem. A linguagem muda invariavelmente e o conteúdo tem, agora, a possibilidade (potencial) de ser mais diversificado, multifacetado. A colocação se vale, pois, como não é difícil de ser percebida “a televisão aberta brasileira é a mais fechada do mundo”, já diz Luis Antonio Silveira, conselheiro da ABPI-TV.
As vantagens de mercado da TV digital foram listadas por Olivalves, que teve a preocupação de salientar o papel que a indústria da comunicação e consumidores exercem neste contexto de mudanças. As vantagens são: possibilidade de canal de retorno; maior quantidade de canais por cidade (fator que ampliaria a competição); novas licenças a serem exploradas (abrindo, assim, precedentes para novas formas de arrecadação); consolidação da TV pública com maior amplitude e possibilidade de espectadores; nivelamento da experiência de TV (aumentando, assim a qualidade de recepção e a experiência do espectador); além da portabilidade e mobilidade como alianças, visando a multiplicidade de recepção.
Focando os níveis técnicos, Luis explicou o funcionamento da transmissão de sinais e como se configuraria essa nova TV, explicitando considerações sobre: HDTV, Ginga, Interatividade, MPEG4, Áudio digital 5.1, receptor Set Top Box, multiprogramação, dentre diversos outros conceitos que compõem o mundo da TV digital. O público em geral, entretanto, estava ansioso por respostas voltadas ao conteúdo – seria a democratização da produção televisiva realmente possível? Ouriçados, os ouvintes, debatiam sobre as mudanças estruturais duma TV homogeneizada, que produz para e somente para o mercado, subjugando valores como educação, entretenimento de qualidade, informações fundadas, permissividade ao acesso de diferentes dicionários e pontos de vista menos estreitos e bitolados.
A televisão sofreria mudanças significativas na qualidade da sua programação? Como seriam resolvidas as questões vinculadas às concessões e liberações de canais? Seriam elas caras e inacessíveis às pequenas produtoras? Estariam elas, ainda, servindo de barganha política ou concentradas e sob vigília das grandes emissoras brasileiras? Haverá, um dia, qualidade disponível na TV aberta nacional? Terão, os espectadores, livre arbítrio para escolher o conteúdo que deseja consumir? .... Sem poder responder precisamente a estas perguntas, Luis finaliza sua apresentação, sob aplausos de aprovação da platéia, dizendo que todo o caminho trilhado a partir da implementação da TV digital é incerto. “A tecnologia veio para alterar o negócio” e nós, produtores de conteúdo e audiovisual, devemos estar abertos a todo este panorama se quisermos, visionariamente, resolver os problemas dum próximo futuro, que virá como uma avalanche - a avalanche das comunicações.
Na abertura de sua fala, ele ressaltou três vieses fundamentais para o conceito deste novo media: mercado, interatividade e mudanças na forma de comunicar. Apontando as diversas seções que compõem a Band – como as TVs abertas e fechadas, as estações de rádio e os outros meios, como celular, portal, TV minuto, entre outros – o palestrante alertou os ouvintes para a perspectiva da nova visão de consumidor, que está cada vez mais participativo e multimídia, requerendo, assim, mudanças estruturais no fazer televisivo em todos os seus âmbitos de produção.
Diagnosticada as mudanças de consumo e comportamento, Olivalves observa que o trunfo da TV digital está exatamente na mobilidade e portabilidade, uma vez que as possibilidades de acesso ampliaram vertiginosamente com auxílio do WI FI, de celulares, Laptops, Palmtops. Além disso, a High Definition Television (HDTV) trará uma nova forma de sensibilização deste consumidor mais exigente. As emissoras terão de apostar em novos mecanismos de construção de cenário, maquiagem. A linguagem muda invariavelmente e o conteúdo tem, agora, a possibilidade (potencial) de ser mais diversificado, multifacetado. A colocação se vale, pois, como não é difícil de ser percebida “a televisão aberta brasileira é a mais fechada do mundo”, já diz Luis Antonio Silveira, conselheiro da ABPI-TV.
As vantagens de mercado da TV digital foram listadas por Olivalves, que teve a preocupação de salientar o papel que a indústria da comunicação e consumidores exercem neste contexto de mudanças. As vantagens são: possibilidade de canal de retorno; maior quantidade de canais por cidade (fator que ampliaria a competição); novas licenças a serem exploradas (abrindo, assim, precedentes para novas formas de arrecadação); consolidação da TV pública com maior amplitude e possibilidade de espectadores; nivelamento da experiência de TV (aumentando, assim a qualidade de recepção e a experiência do espectador); além da portabilidade e mobilidade como alianças, visando a multiplicidade de recepção.
Focando os níveis técnicos, Luis explicou o funcionamento da transmissão de sinais e como se configuraria essa nova TV, explicitando considerações sobre: HDTV, Ginga, Interatividade, MPEG4, Áudio digital 5.1, receptor Set Top Box, multiprogramação, dentre diversos outros conceitos que compõem o mundo da TV digital. O público em geral, entretanto, estava ansioso por respostas voltadas ao conteúdo – seria a democratização da produção televisiva realmente possível? Ouriçados, os ouvintes, debatiam sobre as mudanças estruturais duma TV homogeneizada, que produz para e somente para o mercado, subjugando valores como educação, entretenimento de qualidade, informações fundadas, permissividade ao acesso de diferentes dicionários e pontos de vista menos estreitos e bitolados.
A televisão sofreria mudanças significativas na qualidade da sua programação? Como seriam resolvidas as questões vinculadas às concessões e liberações de canais? Seriam elas caras e inacessíveis às pequenas produtoras? Estariam elas, ainda, servindo de barganha política ou concentradas e sob vigília das grandes emissoras brasileiras? Haverá, um dia, qualidade disponível na TV aberta nacional? Terão, os espectadores, livre arbítrio para escolher o conteúdo que deseja consumir? .... Sem poder responder precisamente a estas perguntas, Luis finaliza sua apresentação, sob aplausos de aprovação da platéia, dizendo que todo o caminho trilhado a partir da implementação da TV digital é incerto. “A tecnologia veio para alterar o negócio” e nós, produtores de conteúdo e audiovisual, devemos estar abertos a todo este panorama se quisermos, visionariamente, resolver os problemas dum próximo futuro, que virá como uma avalanche - a avalanche das comunicações.
Por Emilly Dias
Palestra sobre a TV Digital por Luis Olivalves – diretor de interatividade da BAND (do grupo BAND de comunicação).
Marcadores: Áudio digital 5.1, Festival Internacional de Televisão, Ginga, HDTV, IETV, Interatividade, Luis Olivalves, MPEG4, receptor Set Top Box, Salvador, TV Digital, TV pública
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