sexta-feira, setembro 29, 2006

Ressaca em: Red wine on the road.

Quantas vezes tenho que tentar me lembrar para conseguir esquecer da voz de Maria Betânia usando o clichê Robertiano sobre a dor de amar?
Ela virou meu pesadelo cosntante... Aquele sonho que não vai parar de me perturbar até o momento em que eu decidir fechar os olhos e, de uma vez por todas, entender que minha sobriedade depende daquele gole de vinho. E que, além das atitudes mais coerentemente isntintivas, tiro a roupa e grito até ensurdecer, com outro gole daquele vinho.

A fumça embaça o vidro do carro que testemunha a orgia de palavras palpitando na lingua e vomitando o poros do ouvinte.
"E se eu achar a tua fonte escondida...?"
Vivi novamente.
Como se aquelas horas passadas andando num círculo fora de conceito, quando somadas numa unidade, resultasse numa outra unidade de ano.
Assim aprendi.

Que apatia é essa que e toma os sentidos e me deixa tão não agradecida?

Não precisei olhar pro mundo para constatar que o que me faltava era a dose de loucura, a qual perdia o fôlego na rotina.
E ainda vem me indagando que considero, enquanto pessoa, uma idiota. Que tipo de idiota seria se com idiota me servisse de alegria?

A confusão das horas me faz pensar que o costume dos auto-maus-tratos vem da desesperada vontade de não ter de olhar pro relógio e seguir, de acordo com a agenda, 24h com sono, foda, comida e muito trabalho alientante. Muitas vezes, nem a foda tem espaço. A ocupação com cálculos me faz doer as genitálias.
Então porque sou tão louca-idiota-feliz-bipolar a ponto de trocar ações premeditadamente calculadas por especulações de doces clicks numa atmosfera tão mórbida, quando usada?
Penso que as possibilidade de invenção e criatividade não me querem em seu espaço.
Será, então, o medo de não sair daquele quarto-azul?